top of page
Mirra Alfassa, A MÃE

  No dia 21 de fevereiro de 1878, nasce em Paris Mirra Alfassa , filha de pai turco e mãe egípcia. Ela era chamada de “Mãe” pelos discípulos indianos, o que lhe confere um alto grau de respeito e individualidade, pois a Mãe representa a Shakti , o poder do Espírito. Ela cuidava desde o aspecto mais material possível, como conforto e alimentação, até a educação e espiritualidade.
  Sri Aurobindo quando a viu pela primeira vez, pela forma que ela o cumprimentou, ele colocou no seu diário que tinha conhecido alguém que realizaria a espiritualidade dinâmica e que seria o seu canal de manifestação. A Mãe escreveu sobre Sri Aurobindo: “Sem ele eu não existo, sem mim ele não se manifesta”.
   A Mãe desde pequena demonstrou sua compaixão pela humanidade. Participou na juventude de vários movimentos artísticos e filosóficos. Foi uma estudiosa dos poderes ocultos e lutou pela emancipação das mulheres e pelos direitos humanos. Gostava de esportes de um modo geral e tinha preferência pelo tênis. Tanto como pintora, pianista ou tenista, nunca fez questão de ser melhor em nada, pois dizia que o mais importante era estar sempre aprendendo.
   Casou duas vezes, teve dois filhos e com esta experiência ela sabia como nenhum outro mestre orientar sobre os problemas humanos. Graças ao seu marido, escritor famoso Paul Richard, conheceu Sri Aurobindo e viu no mestre o Ser Divino com quem contactava através de sonhos. Escreveu em seu diário sobre Sri Aurobindo: “Conheci hoje alguém que me provou que chegará o dia em que a luz vencerá as trevas na Terra”.
   A comunidade que ela organizou na Índia junto com Sri Aurobindo era o sonho dela, pois encontrou na Europa muitas pessoas que diziam que não se dedicavam a Deus porque não tinham tempo, nem espaço para isso. Ela estruturou um lugar onde os aspirantes espirituais têm casa, roupa, comida e tempo para se dedicar à espiritualidade. Por ser francesa, ela conseguiu estabelecer uma ponte entre o Oriente e o Ocidente.
  “Mãe”, esse ser tão especial não poderia ser chamado por outro nome:
“Eu não pertenço à nação alguma, à civilização alguma, à sociedade alguma, à raça alguma, mas ao Divino.
Eu não obedeço à Mestre algum, à soberano algum, à lei alguma, à convenção social alguma, mas ao Divino.
   A Ele eu entreguei tudo, a vontade, a vida, o eu; para Ele estou pronta a dar todo o meu sangue, gota por gota, se essa for Sua vontade, com uma alegria total; e a Seu serviço nada poderia ser um sacrifício, pois tudo é perfeita felicidade”. (A Mãe)
 

Texto de Tatiana Pinheiro, Profissional de Yoga Integral da ANYI.

bottom of page